18.12.11

 meu dia de sol chegou para afastar as nuvens que pairavam por cima da minha alma.
obrigada 

14.12.11

ainda bem que não estás cá para ver as perguntas que trago nos meus olhos. a dorzinha que trago amarrada ao tornozelo. o vazio no peito.
hoje é uma daquelas noites em  que me apetece correr de volta para os teus braços. um daqueles dias confusos e maus. um momento de agonia interior que tu sabias aclamar, antes de tudo.
e, se ao menos não tivéssemos gasto as palavras, as lágrimas e os corações de tanta zanga e discussão. e, se ao menos não tivéssemos mudado o mundo e a nossa maneira própria de ser. e, se ao menos o tempo não tivesse vindo alterar aquilo que, um dia, sentimos..
ia agora ser mais simples o meu dormir e a minha calma. a minha paz.
hoje, agora, sinto a falta dos teus braços em volta do meu ser. sinto a falta dos teus lábios nos meus e das tuas mão nos meu pescoço.
e de pensar que já passámos o que passámos e, agora, nos tentamos parecer indiferentes.
tem andado gente à nossa procura e nós não temos parecido.
nem eu nem tu, que deixámos de ser dual unidade para parecer unidade individual.
no nosso nós desapareceu e aqui estou eu, longe de todos, até de mim. e tu aí ficas, não sei bem como.
há perguntas que não quero fazer. 

amanhã será um novo dia.
um dia de sol?

2.12.11

passei por aquela rua outra vez e olhei o lugar podre que ainda ali se encontrava.
levava comigo uma mão cheia de nada e a minha alma pesava como se se tratasse de um fardo.
passei por ali, onde já nao estava o que, um dia, tinha procurado e encontrado, ali, naquela rua.
é agora inverno, tão diferente da primavera que aqui passei.
a rua esta vazia, como o meu olha preso àquele lugar.
as minhas mãos estão vazias.
as minhas mãos estão cheias de nada.