31.3.15


não sei o que fiz.
não sei quem sou nestes momentos.
cada vez que vais é como se o chão me saisse debaixo dos pés e tudo o que faco entretanto é a pensar em ti. E, se queres mesmo saber, cada vez que chegas so me apetece saltar-te pra cima e encher-te de beijos e abraços mas não o faco. Porque sei que queres ter o teu espaço e os teus 5 minutos sem pensar em nada.
e por isso espero.
espero.
espero.
e a minha espera transforma -se, de repente, em desatenção?
como e que dentes isso?
mais uma vez, antes de ir tentar dormir um sono interrompido por milhões de perguntas que faco a mim mesma e para as quais não quero resposta porque não sou suficientemente forte para as ouvir. Porque não quero procurar e encontrar ou ficar ainda mais baralhada por não encontrar o que espero.
o que não devia esperar. O que nao devia sequer ocupar a minha cabeça.
mas ocupa.
não sei que mais ser para não ter que dormir na agonia do desentendimento.
e la vais tu. Mais os teus separadores anonimos.
fazer? Não sei
nem sei se quero saber.
e dói
dói muito muito
porque as coisas que acontecem no início de uma relação marcam.
e a mim marcaram-me muito.
tanto que ainda duvido porque não consegui arrancar de ti uma explicação.
so queria poder apagar da minha memória o trauma que me marcou tanto e que me faz duvidar a cada desentendimento e zanga
que abre a ferida quebtu achas que já não existe
e quando me perguntas que mais podes fazer? Também não sei. Quem me dera saber.


e quem me dera que pudesses querer saber mais um pouco.
e que me dera que quisesses perceber.
demos o passo. E pergunto-me as vezes se não terei arriscado demais.
se não terei pedido demais a mim mesma
porque cada dia que passa não volta a trás.e tu vais e voltas
e parece que não importa onque eu faca.
não enchonas medidas.
se calhar devia crescer. Se calhar devianser diferente.
se calhar
se calhar
mas não vejo interesse de nada.
esta escuro la fora e estou sozinha na cama.
esperando que acabes o teu jogo, a tua pesquisa. Perguntando-me sempre o que e que me falta.
onde e que falhei.
afundando-me numa cama que não e minha. Numa cidade que não e minha.
eu, que não sei de quem nem de onde sou.
eu, que quero a cada momento ser outra e diferente e com outras características.
mas sou onque sou sem saber o que sou.
e aqui fico.
de coração apertado.
tentanto esvaziar o acumulado.
os graos que aos poucos se transformam pedra.
e nada.
não vens.
não durmo.
não vivo.
não sei que mais posso fazer.
não sei que mais posso ser para sentir que valho a pena.
não sei como chutar as pedras do caminho sem que elas se transformem numa derrocada de sentimentos e de perguntas por responder.


amanha vai ser mais fácil não sentir?
cada vez menos acredito nessa frase.
so precisva de ti, ao meu lado.
fazendo-me acreditar que as dúvidas que sinto não um nevoeiro que afinal e so um vidro embaciado.
so precisava de um beijo e um abraço para que tudo ficasse bem. Mas não.
a demora.
a porta a bater.
as botas atiradas ao chão.
e a cabeça como na tasca.


destruicao.