21.6.11



depois de tanto, saímos, mais leves em corpo e alma. mais felizes, ou talvez não, dependendo do que se tenha passado lá dentro. saímos, com o pé direito, ou o esquerdo, sabemos todos que isso não faz diferença nenhuma, não é?

saímos em manada pelo portão depois dos exames e a vida já segue para a frente.

a nostalgia de outros tempos passados próximos traz saudade e uma lágrima ao canto do olho. nada que nós não amainemos com um abraço ou dois, nada que não se enxugue, nada que não passe.

tudo passa como o tempo, não é?

até já, amigos.

14.6.11



hoje apetece-me fechar-te e nunca mais te abrir.

a frustração de não conseguir dizer-te nada é tanta que se me parte o coração por saber que eras quase um retrato meu e, de repente, deixaste de o ser.

se calhar a vida são mesmo fases e esta já acabou.

vou dar-te mais um pouco de tempo, a ver se te assustaste com a ameaça de te fechar.

talvez seja hoje o ultimo dia.

talvez não.

quem sabe?

8.6.11

hoje passeei na rua velha como se fosse nova.


como se fosse a primeira rua por onde passava.


com uma melodia antiga mas que me pareceu nova também.


e tudo me pareceu lavado.


a luz do sol poente mas alto, o alcatrão velho mas quase imaculado da estrada e a casa antiga mas acolhedora que sempre me trouxe à memória coisas boas de todos os tempos.


observei, à porta do meu lar, duas turistas que passavam devagar em direcção ao mar.


deve ser bom encontrar um sitio calmo como este para passar uns dias de reflexão, não acham?


e fiquei ao sol da rua, a fazer a fotossíntese para que o fim de tarde me corresse bem.


e correu.


1.6.11



eu tenho que escrever

devia fazê-lo

mas não quero

é assim a vida

será?