28.3.11
24.3.11
Diz-me então porque é que o nosso amor leva sempre
tanto de nós
Não devia ser ele mesmo o nosso caminho?
E guiar-nos através da bruma
Não chegar a ser nem que só por um momento tão irreal
Sei que é uma coisa do meu eu
Coisas do meu eu
Na visão do meu ser
Vão até onde as consigo ver
Eu sei de um sentimento que é só teu
Eu projecto o meu momento que não se leu
Livre do teu eu
Na visão do teu ser
Vão até onde consegues ver
Nós podemos não ganhar
Mas o amor leva sempre a melhor
Mesmo que em sentido inverso
Deste nosso caminho
E nada nos podemos fazer
Enquanto o amor se deixar ser por um momento tão
irreal
Tão irreal, irreal
Já notei o tal feitio que é só meu
E eu concordo na mudança que não se deu
É medo de ser teu
Eu receio o teu sim
Se a certeza não souber de mim
E tu crês que essa coisa não é vã
Uma página marcada para ler amanhã
Também devoras o que é teu
Precisas do que é teu
E diz-me então se acreditas que é por termos dado
pouco de nós
Não podemos já daí tirar o novo sentido
Eu também não queria ver
O nosso grande amor ser nem por um momento tão irreal
Tão