23.12.12

quem em dera não ter visto o que vi.
quem me dera que a tua imagem não tivesse ficado manchada sempre que me afasto.
quem me dera conseguir dizer-te porque é que isso acontece, assim, de ânimo leve, como tu fizeste o que fizeste.
mas não.
infelizmente as palavras não fluem de mim como qualquer coisa simples.
por isso guardo. espero que um dia esta dor passe e que a mancha que vejo em ti quando não estou contigo se dissipe.
quero que isto acabe. quero que prometas que não fazes isso nunca mais. mas, ainda assim, quem me pode garantir isso? tu? que o fizeste? (riso)
terei, então, de viver com o peso de saber o que preferia não saber, o que sei por mero acaso, o que não sei se acontece ainda, ou não.
só tu o sabes, só tu o podes controlar, meu amor.
não me magoes mais assim, por favor.
porque foi uma facada no estômago que ainda não estancou o sangue.
amo-te, sabes disso.
até já.

21.7.12

está tudo virado de pernas para o ar.

20.7.12

Os dias de sol que me deste acabaram.
Já saíste de mim, já me devolveste o meu mundo, o meu espaço.
E, agora, já não preciso que acendas o sol para mim.
Largaste o espaço que, em mim ocupaste, um dia. O sonho que foste, em tempos, morreu.
Deixo-te agora percorrer o teu caminho sozinho.
Esqueci os caminhos de ti que ja sabia de cor.
Pousei os pés no chão.
A mágoa, que um dia senti, já não existe em mim.
Parti para outro lugar, voltei a viver.
O teu sabor e cheiro que pensei nunca conseguir esquecer voaram com o vento e misturaram-se por entre as casas de modo a que eu já não os pudesse sentir.
Acabou.
Não quero nem vou adiar mais a minha vida por ti, nem por ninguém, se queres que te diga.
Como disseste, uma das poucas coisas que disseste bem, é que eu vou encontrar alguém que me faça feliz.
Sabes que mais? Encontrei mesmo.
E não vou adiar a mais a minha vida por ti já que, agora que olho para trás e para o futuro, vejo como fui ingénua ao abdicar do que abdiquei por ti, que se me amasses fazias era com que eu não desistisse do meu futuro por ti. Porque nós podíamos ser o futuro se cada um de nos trabalhasse para isso.
E é-me estúpido, agora, ver que tu nunca me compreendeste. Ver que tudo quanto te disse não chegou ao teu entendimento como aconteceu já a tanta gente.
Houve muitos que senti a virarem-me as costas por causa de nos termos separado. Mas sabes que mais? Se eles quiserem, quando quiserem, hão de olhar para mim e ver que estou feliz sem ti e, se ficarem felizes por mim, então sim, valem a pena. Se não, pessoas dessas não preciso, que julgam sem me perceber.
Vou virar as costas.
Já virei, mas tu, como sempre, não percebes.
Quer dizer, nem sei se percebes.
Por isso, eu não vou dizer mais nada.
Não vou responder a mais nada porque qualquer coisa que eu diga vai ser mal interpretada de certeza.
Vou então remeter-me ao silêncio como, aliás, faço sempre, e vou passar por ti, quando passar. Vou passar, ao teu lado como se fosses mais um.
Tiveste o teu tempo, fizeste-me abrir os olhos mas é preciso parar.
Não vou voltar aos teus braços nem a tua casa.
Tiveste-me e não me conheceste.
Acontece.
Adeus.

27.6.12



sentada em frente ao computador, mais uma vez, vejo tudo como um novo começo.
as águas amainaram e eu posso finalmente descansar. e, apesar de estar desconfortavelmente sentada num sofá velho de uma casa que nunca me pertenceu, nem há de pertencer, sinto um conforto interior por saber que sou eu, por mim. que há de me ser o melhor, por agora.
vamos lá.
é só mais um começo com meus dentes no chão.
inté.

21.2.12

the dog days are over
(?)

11.2.12

Olho o horizonte.
Sem querer, desejo que apareças aqui e que me abraces e beijes e que tudo fique melhor quando isso acontecer.
Será que, algum dia, alguém vai ser como tu me foste?
Tenho saudades tuas.
Dos teus beijos, dos teus abraços, da maneira como possuías por inteiro o meu ser.
Da maneira como fui tua.
Passou o tempo que passou e eu pensava que já não estavas em mim, mas não é verdade.
Olho à volta e ainda não vieste.
Espero por ti todo este tempo.
E tu ainda não vieste.
O sol pôs-se, a noite está fria e o vento levanta-se.
A maré sobe e cobre agora os meus pés.
Quem me dera conseguir mexer-me daqui e não ficar presa a este chão, a esta esperança falsa que me quer fazer crer que o tempo não passou e que um passo a trás é ainda possível.
Quem me dera não pensar em ti como há dois anos. Quem me dera não achar que ainda és que eu conheci, em tempos.
E, no fundo, no fundo, eu sei que mudaste como eu.
Eu sei que, agora, é impossível.
Desculpa-me, meu amor, meu primeiro amor.
Vale a pena dizer-te alguma coisa?
bem me parece que não.

23.1.12

ficaste fechado dentro das portas trancadas de casa. 
a casa que tantos sonhos albergou.
ficas esperando?
sonhando os sonhos que não viveste?
olhas pela janela fechada e vês que o mundo gira, dia após dia. se tivesse parado, não havia dias novos nem novo amanhecer.
enquanto olhas pelos espaços vazios das persianas, podes pensar que vês o que te espera.
mas não. 
o que um dia viste, por entre os raios ofuscantes da luz do sol, desapareceu. assim como se sumiram os suspiros que um dia deitaste pelas ondas que fizeram no teu mar.
e está para chegar o dia em que vais reparar que as persianas estão fechadas e que o que pensas ver, só o vês quando os teus olhos estão fechados e virados para dentro, para ti próprio.
não, o que fazes não é necessário. 
tens que fazer mais por ti.
assim, levanta-te do sofá e abre as cortinas, as persianas e a janela. 
há coisas novas a acontecer lá fora.
não tens que viver na sombra de sonhos que tiveste um dia.
hoje, os sonhos são novos.
vê.

6.1.12

hoje, penso em dias melhores que hão de vir e sinto-me quase a explodir de sentimentos que trago guardados no meu peito.
um dia, serei melhor do que sou agora.
e, nesse dia, vou ler isto que acabo de escrever e ver que as coisas são ainda mais simples do que aparentam. já que agora tenho a cabeça cheia de dúvidas e perguntas para as quais ainda não tenho resposta. 
mais hei de ter, nesse dia.