21.7.12

está tudo virado de pernas para o ar.

20.7.12

Os dias de sol que me deste acabaram.
Já saíste de mim, já me devolveste o meu mundo, o meu espaço.
E, agora, já não preciso que acendas o sol para mim.
Largaste o espaço que, em mim ocupaste, um dia. O sonho que foste, em tempos, morreu.
Deixo-te agora percorrer o teu caminho sozinho.
Esqueci os caminhos de ti que ja sabia de cor.
Pousei os pés no chão.
A mágoa, que um dia senti, já não existe em mim.
Parti para outro lugar, voltei a viver.
O teu sabor e cheiro que pensei nunca conseguir esquecer voaram com o vento e misturaram-se por entre as casas de modo a que eu já não os pudesse sentir.
Acabou.
Não quero nem vou adiar mais a minha vida por ti, nem por ninguém, se queres que te diga.
Como disseste, uma das poucas coisas que disseste bem, é que eu vou encontrar alguém que me faça feliz.
Sabes que mais? Encontrei mesmo.
E não vou adiar a mais a minha vida por ti já que, agora que olho para trás e para o futuro, vejo como fui ingénua ao abdicar do que abdiquei por ti, que se me amasses fazias era com que eu não desistisse do meu futuro por ti. Porque nós podíamos ser o futuro se cada um de nos trabalhasse para isso.
E é-me estúpido, agora, ver que tu nunca me compreendeste. Ver que tudo quanto te disse não chegou ao teu entendimento como aconteceu já a tanta gente.
Houve muitos que senti a virarem-me as costas por causa de nos termos separado. Mas sabes que mais? Se eles quiserem, quando quiserem, hão de olhar para mim e ver que estou feliz sem ti e, se ficarem felizes por mim, então sim, valem a pena. Se não, pessoas dessas não preciso, que julgam sem me perceber.
Vou virar as costas.
Já virei, mas tu, como sempre, não percebes.
Quer dizer, nem sei se percebes.
Por isso, eu não vou dizer mais nada.
Não vou responder a mais nada porque qualquer coisa que eu diga vai ser mal interpretada de certeza.
Vou então remeter-me ao silêncio como, aliás, faço sempre, e vou passar por ti, quando passar. Vou passar, ao teu lado como se fosses mais um.
Tiveste o teu tempo, fizeste-me abrir os olhos mas é preciso parar.
Não vou voltar aos teus braços nem a tua casa.
Tiveste-me e não me conheceste.
Acontece.
Adeus.