27.10.11

não quero as saudades.

26.10.11

fazes-me falta.
faz-me falta o amor que já vivemos, tão felizes sem dar conta.
fazem-me falta as palavras que guardo dentro de mim e que não solto nem por nada.
fazem falta as palavras que já soube de cor e que, agora, se desvaneceram da minha mente como se um vento gélido, da estação que se aproxima, aqui tivesse passado e me deixasse assim, de boca vazia e de coração murcho e seco, emaranhado em milhões de cordões feitos de pensamentos em branco.
é assim que me sinto, numa incerteza baralhada, misturada com memórias e desejos de futuros.
as palavras gastaram-se-me.
e agora, só me resta pedir que sigas a tua vida enquanto eu tento seguir a minha.
cheguei a muitas conclusões que constantemente acho erradas.
preciso de parar.
vou encostar o barco que o mar está bravo e, agora, mais que nunca, preciso do meu porto seguro para me abrigar da chuva que aí vem.
vou ficar atracada ao cais à espera de melhores dias, que eu sei que virão.
e eu sei que tu sabes que, se me quiseres encontrar, sabes bem onde procurar e sabes que vou soltar as amarras para velejar mais um pouco contigo por caminhos que ainda não conheci ao teu lado.
por agora, fico-me por aqui, pensativa, esperando que um novo raio de sol seque as minhas velas e que um novo fôlego as encha e me levem à descoberta de um mundo novo.
até já.
até sempre.

23.10.11

querido, mudei de casa.