16.9.11

afonso

quando te vi pela última vez, pedi que não te esquecesses de mim. pedi que me dissesses onde e como estavas, de vez em quando. não te posso exigir mais do que isso. na ultima vez que te vi, decidi que tinhas que perder o lugar em que te tinha, um lugar muito especial que pertencia a poucos. sei que não sabes o que significas para mim e isso dói-me tanto que nem imaginas.
por vezes, temos que deixar ir, por muito que isso custe. já tentei muitas vezes fazê-lo contigo, tantas que nem sei já quantas foram. mais uma tentativa falhei e mais uma tentativa tenho para te mandar a baixo do trono onde sempre te tive, quase desde que te conheço.
gostava de perceber porque crescemos assim, quase sem dar conta e porque é que a nossa amizade não cresceu connosco. continua a dar-me os murros que dás na barriga de cada vez que não respondes, de cada vez que passas por mim a fingir não me ver. vou ter um dia de paz, um dia destes, e aí talvez perceba a razão dessa tua indiferença.
ainda gosto de ti, por isso quero que sejas feliz.
se tiveres que voltar, voltas, e eu cá estarei para te abraçar quando mais precisares.
se não, repito: sê feliz e tem uma boa vida.