26.5.10

hoje queria ter escrito um texto. um daqueles textos que escrevia há um tempo a trás, quando a dor que sentia era tão incontornável que tinha que sair por algum lado. e era pelas letras que ela saía, por mais sítio nenhum. mas eu não consegui, já não consigo fingir que não sinto a dor. por isso, hoje escrevi apenas uma frase que já há uns dias me preenche a cabeça:
o Amor é uma droga.
e não consegui mais. talvez porque agora o amor me é alguma coisa e porque tenho medo de escrever o que quer que seja, mesmo que esse medo seja inconsciente. porque agora tenho uma representação física do que é, e do que pode ser o amor, em pessoa. apesar de ter essa representação não deixo de pensar que o amor é mesmo uma droga.

23.5.10

olhei para uma joaninha e perguntei-me:
'isto é mesmo uma andorinha?'

19.5.10


e é com um sorriso na cara que recordo cada palavra das conversas que tivemos pelas noites fora, num verão fora de tudo. num Senhor Verão que teve muito dentro dele. lembro-me bem das jantares da mãe e das corridas na praia a fugir dos são joãos. lembro-me dos apagões e lembro-me como falávamos tanto de tantas coisas.
eu sei que, por muito longe que pareçamos estar, estamos perto. porque há um laço que nos une, bem cá dentro, e nós sabemos bem disso, não sabemos?

14.5.10

há três tipos de homem: os vivos, os mortos e os que andam ao mar.